Lua Vermelha – 3ªtemporada - Episódio 76 – “Façam-no agora!”
Continuação…
Evidentemente, alguma coisa tinha que acontecer contra o planeado. Seria bom demais que o plano inteiro fosse concretizado como previsto, com todos os astros a favor. Seria tão bom, que daria para agradecer ao destino, com alguma desconfiança no pensamento.
Com precaução, passadas lentas e misteriosas, os vampiros revelam-se e aproximam-se. Antes, já Isabel e Verónica, devidamente armadas, se aproximaram lentamente, com passos confiantes de quem não tem medo de disparar o que seja de uma arma. E Isabel parece extremamente focada na missão, como uma profissional.
- Estás bem?! – murmura ao se aproximar de Luna por instantes, sempre de olhos postos na “nova vampira” que não passou a linha. – Consegues aguentar só mais um pouco? – questiona Isabel, com preocupação na voz.
- Sim. – responde Luna imediatamente, de mãos estendidas e tensas como quem realmente segura uma parede invisível. Responde, ela própria ignorando que a barreira está a exigir demasiada da sua energia.
Pilar, revelando o seu lado malvado inconsciente através de um olhar terrificamente inesquecível, observa atenta e perigosa a aproximação de Isabel e Verónica. Ambas, avançado de lados opostos, aproximam-se apenas o suficiente para disparar um tiro certeiro caso necessário, e o bastante para não serem atacadas.
Destacando-se entre os vampiros, Mais Antigo acerca-se de Verónica e inicia diálogo.
- Não sabemos quem és exactamente, mas estamos dispostos a ajudar-te! – anuncia. – O Henrique está connosco. – exactamente como previa, os “novos vampiros” reconheceram o nome, e o Líder pode ver um brilho diferente no olhar de Pilar, assim como uma breve pausa na luta dos restantes. – Só precisas de colaborar, entrando no circulo, e sairás daqui sem mazelas…
- Espera! – pede, num tom que se adivinha irónico. – Não percebi, fiquei dividida entre quereres ajudar-me, ou estares a ameaçar-me!
- Só é uma ameaça, se quiseres que o seja! – esclarece Mais Antigo, retribuindo com astúcia algum sarcasmo.
- Olha para mim! – pede Pilar, com a voz grave e rouca, começando a mover-se lentamente em direcção a ele. – Parece-te que eu preciso de ajuda?! Nunca me senti tão forte, saudável, poderosa… - explica, avançando sorrateiramente até ele. – E também nunca tive tanta sede de matar, é um facto!
E assim terminando, com um sorriso malicioso, prepara-se para atacar o Líder, cuja cara tão conhecida entre todas as comunidades não consegue reconhecer, e sente uma fina pontada nas costas.
Foi Isabel, impiedosa e ansiosa, disparou uma seringa sem esperar nem mais um segundo.
Mas Pilar continua de pé, algo atordoada, nota-se, certamente o produto injectado está a actuar, mas não o suficiente. Virando as costas a Mais Antigo e Verónica, para olhar quem a atacou, Pilar aproxima-se agora, com raiva no olhar, de Isabel.
Enquanto Luna segura a barreira invisível que os restantes quatro, Jasmine, Victorious, Brian e Martha tentam atravessar, Pilar é mais uma vez atingida.
Agora, Verónica disparou também, em simultâneo com Isabel. A “nova vampira” pára por instantes e quase se desequilibra. Ainda não o bastante para a deixar inconsciente, ambas disparam novamente.
Finalmente, já a poucos passos de chegar a Isabel, Pilar cai desmaiada no chão. De forma instantânea, o seu rosto perde as marcas que o tornam demoníaco e algo envelhecido, e Isabel observa, percebendo que provavelmente poderá vir a conhecer um lado mais simpático e menos perigoso daquela pessoa.
…
Agitado, Afonso não consegue suportar a ideia de que Luna pode estar prestes a desmoronar, mesmo no momento em que a situação parece resolvida.
Os Naturales deram-lhe algum poder, e agora Afonso sabe como acompanhar tudo o que acontece com as pessoas a quem está ligado. Esse foi o primeiro ensinamento do grupo, que se mostra cada vez mais disponível em ouvi-lo e dar-lhe alguma confiança. Mas agora Afonso precisa de convencê-los a ajudar Luna.
- Por favor, eu prometo que vos recompenso! – implora, verdadeiramente desesperado. – Ajudem a minha filha, eu sei que vocês podem fazer isso! – insiste.
E depois de muitos “por favor” proclamados…
- Para a ajudar precisamos de estar conectados com ela de uma forma muito mais forte! Precisamos de algo que esteja directamente ligado a ela! – diz Augustus.
- O quê?
- Nada como uma das pessoas que lhe deu vida! Tu! – responde o homem imediatamente. – Pode doer um bocadinho… - avisa, e Afonso pode apostar que o Naturale esboça um sorriso curvo de ironia.
- Façam-no agora! – responde Afonso, ordenando!
…
Quando pensava que tudo ia desmoronar, e já preparando-se para gritar um aviso, Luna sente algo muito forte atingi-la vindo do nada. Algo bom, quente, enérgico, que lhe dá as forças de que precisa para segurar aquela barreira mágica o tempo necessário. Alguns segundos depois, ela sorri discretamente ao perceber de onde vem a energia.
Atrás de si, sente um carro a aproximar-se. Na verdade uma carrinha fechada, azul escura, que um dos vampiros se orgulha de conduzir com alguma malícia, uma vez que o veículo pertenceu à Luz Eterna. À sua frente, vê Isabel e Verónica atirarem gentilmente Pilar para dentro do círculo, e pegando novamente nas armas, já recarregadas por Mais Antigo e Vasco, atingem com frieza os quatro dentro do círculo formado pela rede de prata camuflada. Tal fazem apenas para que quando Luna os envolva na prata, estejam tão inconscientes que não sentem a dor, e possam ser transportados para a carrinha e lavados para a prisão de vampiros da zona, o lugar mais seguro para tal.
Algumas horas mais tarde…
Continua…
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